quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um galo sonha dormir num campo de luxo e depois acorda, puxa!

De um comentário que fiz a certo "poste":
"... eram cerca das quatro da manhã desta noite anterior quando acordei com o grito territorial do galo da vizinha (porque para quem não sabe e se questione, o galo começa a cantar a partir das 3 ou 4 da manhã até ao fim do dia, "simplesmente" para marcar o seu território e manter sob alçada a sua côrte), o galã dos quintais do "mui sui generis" e empertigado bairro de C.O. (e falo de uma localização bem central, nada de Patéo das badalhocas ou Vila Alves), onde ainda constam galinheiros ou capoeiras, como queiram, por estes poleiros. Bom, o que queria dizer é que por momentos irritou-me bastante mas logo de seguida apercebi-me que alêm de chato... é um luxo, é um luxo poder sonhar que durmo no campo, ou será um sonho de luxo que durmo no campo, ou antes, que no campo dos sonhos é um luxo dormir... ou dormir a sonhar com o luxo dos campos, ou sonhar dormir num campo de luxo, ou será ainda que o luxo de dormir é sonhar com o campo, ou... bof, onde é que eu ia?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Pai Natal tem tudo...

Litle Berry na casa de banho depois do seu xixi olha para o meu e:
Litle Berry: - Pai, tu tens piuinha ...
Huckleberry: - Sim filha, e tu tens pipi.
Litle Berry: - Não, não, eu tenho uma piuinha (com convicção)!
Huckleberry: - Não filha, não tens, tu tens um pipi.
Litle Berry: - Não, não, eu tenho uma piuinha, eu tenho piuinha (insiste).
Huckleberry: - Não, meu amor, só o Pai e o mano é que têm pilinha.
Litle Berry: - Eu quero uma piuinha, quando for grande quero uma piuinha... vou pedir uma piuinha ao Pai Natal...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

3 vezes AMOR... ou, os meus 3 amores!...

... e todos de seguida. Isto é, o terceiro post seguido e nem sequer é lua cheia... é que passaram 7 meses e que raio de gaijo sou eu hoje diferente do que era há estes atrás... que raio de ex sou eu... mais sério que tudo... que raio de Pai sou eu?
Bom, para começar, tenho de medir as palavras, já que o que aqui confesso pode facilmente virar-se a mim, no entanto vou fazer por jamais fugir à verdade, quanto muito contornar e/ou omitir isto ou aquilo se assim necessário for.
Meses e meses passaram, de um afastamento repetido, de uma separação que me custa aceitar, acreditar, mesmo sabendo que é melhor para todos, que já vira e vivera isto antes, que esperava para depois, pois, mas que esperava.
E que acontece todas as manhãs ou noites, desde então, em que acordo de sobressalto?... Quem é que lá está? Tu, eles e eu... ininterruptamente, constantemente, tu, ele, ela e eu, NÓS e VOCÊS, não falham um dia que seja, é muito cansativo, e custa-me tanto voltar a adormecer a meio da noite convosco esparramados na minha vista meio adormecida em ideias baralhadas, em sonhos misturados com uma realidade que por vezes não sei se é ou o que deixa de ser.
Caio de novo inebriado pelo sono e confortado por pensamentos dos bons momentos.
Mas há sempre aqueles que não fogem por mais que os force, e esses incomodam-me... ao ponto de ter de passar horas a esfregar os olhos, a beber copinhos de leite morno, a contar inúmeros números e carneiros, a ver os filmes que deixei a metade... a fumar cigarros intragáveis para as horas que são. Não há meio de me habituar a morar afastado dos que mais amo, não há modo de me ambientar num espaço a que chamo casa, se não estão lá. Não "sei" (ou não quero) viver sem aquele reboliço... fica demasiado sossegado, demasiado limpo e arrumado.
Por vezes dou comigo a pensar se vou, não vou, só por sofrer por antecipação. É que custa tanto deixá-los ir, beijar de "Até manhã", tu vais para a tua e eu para minha, sobretudo quando a piquena Berry pergunta à mãe se o papá pode ir lá a casa e a mãe forçada a dizer que não, não pode ser, custa-me "in advance" imaginar dizer aquele adeus através do vidro do carro e ficar ali, literalmente seco, vazio e plantado no meio da rua a olhar as luzes do carro desaparecerem na última esquina.
Que me resta, vaguear, comer a desoras, desfazer a cama só para dizer que por ali passei, sem realmente dela plenamente usufruir... ou claro, procurar os amigo, no café, em casa de alguém, mas poucos são os que me conseguem fazer esquecer e rir os risos de amor à vida, é mais forte que eu.
Estranha forma de amar a nossa,... os nossos.

domingo, 23 de novembro de 2008

EU TE AMO!!! ...

Li hoje num perfil "... Nunca Tenha Vergonha de Dizer... EU TE AMO!!! ..." e não pude deixar passar esta em branco, daí q posto aqui para agradecer esta carinhosa frase com que tanto concordo. Nunca tive, ou antes, qd descobri o q era amar de verdade, nunca mais tive problema algum em dizê-lo... o problema foi ouvi-lo de quem eu mais amava e esse alguém tb me amava mas por alguma razão (com prováveis longinquos dissabores amorosos) jamais me disse frontalmente essa frase q tanto precisamos de ouvir de qd a qd. E digo-vos que foi coisa para durar mais de 10 anos, acho q me deixei dormir ali. Mas bom agora a história é outra e restam outros frutos deste relacionamento para amar, felizmente.
Um bjo) gr pra vcs... espero q amor n vos falte.
Jo)kas

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Afinal o Natal é...

ATENÇÂO: não aconselhável a menores sem a presença de um adulto, a pessoas susceptíveis de ataque cardiaco e a espíritos condicionados ao quatidiano.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

É demais...

Dá-me vontade de chorar, de rir... de viver mais e mais só para ouvir, ver e sentir momentos como este.

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Ben Harper e Vanessa da Mata - Good Luck - Boa Sorte

É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte

Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz

Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

That's it
There is no way
It's over, Good luck

I have nothing left to say
It's only words
And what l feel
Won't change

Tudo o que quer me dar /Everything you want to give me
É demais / It's too much
É pesado / It's heavy
Não há paz / There is no peace

Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais/ isn't real
Expectativas / Expectations
Desleais

Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha

Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who poisoned you

There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
so many special people in the world in the world
All you want
All you want

Tudo o que quer me dar /Everything you want to give me
É demais / It's too much
É pesado / It's heavy
Não há paz / There is no peace

Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais/ isn't real
Expectativas / Expectations
Desleais

Now we're Falling
Falling
Falling
Falling
Into the night
Um bom encontro é de dois

Um prato de m3rd4!

A primeira notícia do dia presenteia-me com uma sopa repleta de proteinas extra aos ingredientes comuns da mesma, passo a explicar, a notícia diz então que os pais e respectivos alunos de certa escola da capital, estão descontentes com o menu do almoço das crianças, pois que algumas, se não mesmo a maioria queixavam-se de pequenos bichos (alegadamente formigas) boiarem nos seus pratos de sopa enquanto pequenos roedores rastejam pelo chão. Para os maiores que sabem discernir que tipo de animal comemos nós nesta dita “cultura” ocidental ainda souberam recusar o líquido, porque para os pequenos, esses, beneficiaram de uma refeição mais completa. Ora, o que não se percebe aqui é que tanto alarido é feito aquando a criação e organização de certos grupos de autoridade e fiscalização (neste caso presumo que seria a ASAE), que têm por objectivo melhorar as condições de vida da população do país, caírem tão rapidamente como surgiram em esquecimento e desuso, sendo mesmo alvo de chacota ao não agirem em casos como estes. Pior é o cenário quando se sabe que a história é repetida num prazo menor que um ano visto este estabelecimento de ensino ter sido alvo de uma desinfestação à pouco menos de um ano. Nem de propósito, ainda à pouco quando saí para uma compra no supermercado daqui do bairro e bairro esse que tem por boa fama de ser um dos mais elitistas e caros da cidade, falo de Campo de Ourique, ser um frenesim de merda seca e/ou fresca por qualquer calçada por onde se passe neste que se diz de ouro. Assim sendo descartemos responsabilidades como já é hábito neste país, passar a batata quente ao próximo já não é nenhuma arte ancestral mas sim um uso comum do dia dia daqueles que têm o estatuto e responsabilidade de casos como este ou semelhantes. Portanto, poderíamos dizer que o fabricante da comida para os animais, devido às crises sucessivas viu-se obrigado a contingências orçamentais que poderão ter afectado a qualidade do produto final criando então “descargas” mais frequentes e líquidas por parte dos animais. Por outro lado, digamoms que os fabricantes de trelas, sujeitos ao mesmo tipo de crises orçamentais viram-se obrigados ao mesmo tipo de cortes implicando na qualidade final do produto, pressupondo-se assim que este objecto de segurança agora mais fraco levou a que mais animais de estimação passassem a um repentino novo estatuto de abandonado e leiam bem o que os meus olhos vêem diariamente, porque pelo menos um trio destas criaturas anda por aqui à solta, e lindos estes animais pois que me parecem de boa raça, um preto, outro cinza e mais um castanho, lindos mas desprezados. Então passemos a instâncias maiores, e esta com rodas, não sei se por ser bem ou se realmente funcionava (nunca cheguei a perceber), sim no passado porque deixei de ver o rapaz do moto-cão, mais uma vítima da crise orçamental do país? Esta reflectida no respectivo departamento responsável pelo saneamento e manutenção desta cidade, tutela da devida câmara municipal. E os bodes expiatórios podem continuar por um rol (o de papel higiénico, neste caso seria o mais adequado) sem fim.


... e o português (epá com letra pequena porque os ditos filhos desta nação já não merecem o seu nome, pelo menos começando em maiúscula) continua na perseguição da sua burrice, ignorância e falta de respeito com o intuito certamente de bater mais algum recorde mundial, do tipo o maior shopping center, o maior estádio de futebol, a maior estação fotóvoltaica do mundo e desde há muito mas intensamente persegue este título de povo mais burro, mais ignorante e com a maior falta de respeito mesmo que isso lhe venha a prejudicar pois que é tão burro que nem percebe que este ou aquele acto que lhe vai dar um jeitão agora mas sem se aperceber que no minuto imediatamente a seguir o prejudica mais que a sua cabecinha poderia alguma vez imaginar. Falo de um exemplo concreto acabadinho de acontecer aqui mesmo em frente dos meus olhos, ao lado dos meus ouvidos em directo e ao vivo da minha existência e presença. Suscintamente, o sonar das buzinas na minha rua é tão constante e anormalmente normal que já pensei mais que uma (centena de) vez(es) em trazer o caixote de lixo aqui para a varanda da frente e oferecer (burramente, ignorantemente e desrespeitosamente) algum do meu lixo (que também não é muito porque burramente [?] faço reciclagem e pouco sobra de lixo verdadeiramente sujo) a cada buzinante (buzinador, buzinão, buzinolas...) que assim agir. Não vale a pena explicar a manobra do senhor, mas vale sim a pena explicar que para subir só ali um minuto para coisa simples de sabe-se lá o quê da sua vida profissional, deixar uma nesga do seu brilhante e snobe estatuto bólide de fora não irá certamente fazer muita mossa. Ah pois não! Tanto que foi e teve de voltar para descomplicar uma complicação que complicou tanto o sua vida complicada como complicados todos os outros condutores mais ficaram ainda enquanto a coisa simples de sabe-se lá o quê da sua vida profissional passou a uma complicação de buzinadelas de tantos e diferentes tons de esquina a esquina. E eu pensei, ou antes eu vi e assisti, são todos fotocópias uns dos outros, pois que dos sapatos às rodas que usam o degradé de cores entre o comum preto e branco passa apenas pelo cinza cor de rato. Por isso que dizer daquilo que em qualquer rua desta cidade qualquer um de nós pode ver?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Sol e Lua



Noite em branco, branco à noite
Noite branca, branca de noite.
Lua clara, clara noite
Brilha à noite, noite brilhante.



De pálida cheia, a cheia ofuscante
Um astro cheio de luz escaldante.
A bola cheia reflete à noite
O que outros vêem como um dia adiante.

Faz da terra escura e delirante
Um verde cheio de verdejante.
Verdes as folhas, folhas que correm
No meu pensamento assim escorrem
Vãs e cheias de sentimento.

18/06/2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Outro sonho (com princesa e tudo).



   Levava-a comigo pelo seu pequeno e simples braço. Vimos um bolo que adorávamos e sáltamos para o balcão, mas a aparência ao longe é bem diferente da aparência por perto e desistimos.
   Arregacei-a para as minhas cavalitas e saímos. Saímos, saímos para o largo de uma vila que não conheço, um carro faz marcha atrás e com toda a atenção deixa-nos passar.
   A campainha toca, são meia noite e meia, acordei. Ainda a sentir a pressão das suas mãos.

... em Junho de 2008

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Estou ocupada"



   Desta vez senti mesmo que estavas a ser arrancada dos meus braços.
   Acompanhava-te ao longo da praia (sim, a nossa, que outra?), caminhava ao lado dos teus passos pela areia do fim do dia, ao longo dessa praia que acabava numa escuridão que desconheço. Enquanto caminhava, enquanto te acompanhava, falavas ao telefone, e assim via-te partir e continuar por assa praia fora a falar, a falar com mais alguém que te acompanhou praia adiante.
   Parei e voltei, só.
   Só voltei a despertar quando solta numa casa de banho uma irada versgatada me faz olhar para o meu príncepe que me olha choroso e pesaroso com a cena. Agarrei-o, abracei-o e com ele caminhei de volta até acordar.

P(oi)s: se não foi sonho, foi pesadelo.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Maldita...

Uso e abuso


 Encontrei este texto numa revista da cultura do trance psicadélico e mesmo estando em desacordo com algumas das coisas aqui ditas, não pude deixar que este apontamento de Greg Sams sobre os malefícios da cocaína passasse em branco.


Carbon | Hydrogen | Nitrogen | Oxygen | Phosphorous | Bromine | Iodine | Sulphur


 Em 1999, fui preso com a minha namorada numa operação stop quando íamos para uma festa em Wales. Durante a meia hora de caminho até à esquadra de Llandridnod Wells tive uma agradável conversa com o agente que me prendeu, Colin. Estava mesmo interessado na essência de uma festa de trance, e se leram o meu capítulo de Senso Incomum (Uncomun Sense) em http://www.chaos-works.com/chchapts.html percebem bem o tipo de ideia com que ficou. Cinco horas depois, quando a polícia nos soltou, já passava da meia-noite e, quando saímos, perguntaram-nos para onde íamos. Já sem a minha bolsa estava pronto a voltar para Londres, enquanto a Heather sugeriu que nos instalássemos num hotel da zona. Para nossa surpresa, os três polícias pareciam petrificados, e disseram-nos que devíamos seguir para a festa. Não os podíamos desiludir, e finalmente chegámos à sinuosa estrada de terra que nos levaria ao centro da pista para um pézinho de dança, aninhado numa floresta da serra de Welch. Fico contente por anunciar que meia hora depois de termos chegado já tinhamos rectificado todas as faltas, e tivemos um momento inspirador.
 O Colin foi muito educado durante o interrogatório. A dada altura quis saber se eu queria dizer algo sobre estar numa cadeira de rodas sem me fazer nenhuma pergunta com truques na manga.
 O interrogatório concluío assim:

 Llandridnod Wells – 28 de Maio de 1999
.
 “Agente Colin Hadwick – Muito bem, não tenho mais nenhuma questão a colocar-lhe Gregory. Agora tem possibilidade de me colocar qualquer questão que seja ou de clarificar qualquer coisa que não tenha entendido em relação ao interrogatório.
 Quer dizer alguma coisa?

 Gregory – Bom, sim, gostaria de dizer que uso estas drogas mas não abuso. São parte do meu trabalho, parte da minha vida, e usando-as, tenho cinquenta anos de idade e sou mais saudável do que muitos dos meus contemporâneos, certamente mais saudável do que qualquer outra pessoa da minha idade que esteja numa cadeira de rodas há trinta e dois anos.
 Muito disto deve-se à compreensão, à felicidade e ao prazer que tiro ao usar, e não abusar destas drogas. È um factor de peso para me manter saudável.
 Também faz parte do meu trabalho porque sou escritor e escrevo sobre coisas novas. Apresento ideias e conceitos novos às pessoas. Sempre fiz isso toda a vida e são ferramentas preciosas para que isso aconteça.
 E evito cretiriosamente as drogas prejudiciais e perigosas. A única droga perigosa que uso, e de que me arrependo, é o tabaco. Não bebo. Não uso cocaína. Nem heroína. Sou contra essas drogas e enquanto professor tento dissuadir outras pessoas de as tomar. Desaprovo totalmente o abuso das drogas tomadas por qualquer das diferentes maneiras.”



 Bem, o melhor é começar a usar a boca em vez da caneta, para que possa falar à vontade. Isto é, sobre o abuso de drogas. Já não vou a uma festa há cerca de um ano (problemas de ombros) mas não é muito mau porque as festas têm-se tornado cada vez melhores nos últimos dez anos. Há sempre mais uma para o ano que vem, digo a mim próprio e aos outros. Mas agora já não tenho tanta certeza assim.
 Há uma nova droga no círculo das festas. Tal como o alcóol, sempre existiu, mas o seu uso era esporádico e normalmente confinado à casa de banho. É mais in; com efeitos de curta duração; é feita por homens assustadores que não queremos conhecer; e faz muito pouco pela consciência cósmica. Vocês sabem bem do que estou a falar, e não é de erva, cogumelos, MDMA, LSD, mescalina ou qualquer outra coisa inventada por Alexander Shulgin (ver http://en.wikipedia.org/wiki/Alexander_Shulgin).

 O que me surpreende é que o pessoal das festas, com tantas drogas à disposição, arrisquem expôr o seu Karma às influências da cocaína.
 Temos drogas que nos podem ajudar a sermos pessoas melhores. Temos drogas que nos dão compreensão, empatia e visão. Temos drogas que nos ajudam a dançar por toda a noite fora, cheios de alegria. Os efeitos secundários disto muitas vezes ajudam-nos a viver melhor quando não estamos a tomar drogas. Não corremos o risco de efeitos secundários como “... aumento da irritibilidadde, insónia, inquietude. Em doses elevadas pode exibir um padrão de psicose com comportamentos confusos e desorganisados, irritabilidade, medo, paranoia, alucinações, podendo mesmo tornar-se antisocial e agressivo.” Ver cocaína em www.erowid.org.
 A cocaína não condiz com o mundo psicadélico e seu uso normalmente leva a um desvio das drogas que se afirmam com a vida. O preto parece ser a cor da moda onde a cocaína predomina.

 As pessoas que cultivam a nossa erva, prensam o nosso haxixe e esfregam a nossa charas, tendem ser pessoas verdadeiras, a trabalhar pela vida. As pessoas que sintetizam o nosso lsd e manufacturam o nosso extasi também são pessoas verdadeiras, que usam os seus próprios produtos como parte de um estilo de vida saúdavel. Não são pessoas más, nem oprimem ninguém. A droga, mais do que qualquer outra categoria de produtos, são susceptíveis às vibrações das pessoas que as fazem e que com elas lidam. A cocaína provém de verdadeiros criminosos que fazem vitimas, de pessoas que vão bem mais longe do que desobedecer às leis de um governo. Não estás só a contribuir para essa coltura como arriscas absorver tudo isto para o teu próprio ser quando tomas as suas drogas.

 Algumas drogas levam ao abuso e à doença quase como uma certeza absoluta. Frequentemente encontramos pessoas que usam essas drogas a dizer que desejam largá-las. Que te diz uma droga que leva as pessoas a frequentemente prometerem que nunca mais a tomam? As drogas que aqui se incluem são o tabaco, o alcoól, a cocaína, o crack, a heroína, o valium e mais umas tantas. A maioria dos que estão em centros de recuperação e à procura de tratamento, estão lá devido a estas drogas. Não se encontram muitos pacientes em clínicas ou a tomar medicação, para desistir da erva, do mdma, do lsd ou de outra qualquer droga psicadélica. As pessoas que se queixam dos efeitos e efeitos-secundários, normalmente, deixam de tomá-las.

 Uma das coisas boas em tantas festas é a vontade com que os pais levam os filhos. São crianças saúdaveis e as festas e festivais são parte disso. Não há muitos pais que queiram trazer os filhos para as festas onde são esticadas linhas de cocaína em qualquer lado. Há algo nisso que soa inerentemente a despropositado. Pertence à casa de banho, de preferência pela sanita abaixo.

 Já basta de cascar na coca. Se não tenho cuidado ainda tenho de saír para cheirar umas linhas, tipo aqueles oradores fundamentalistas que depois do sermão espetam-lhe com uma mamada!

 A folha de coca é plantada na América do Sul há cinco mil anos e era considerada uma dádiva dos deuses. Os Índios nativos ainda a mascam para aumentar a atenção e clareza mental, resistência à altitude e fome. O cultivo e consumo da coca era controlado pelos incas até os Europeus tomarem conhecimento em 1505 pelo explorador Italiano Amerigo Vespucci. O conquistador Espanhol Pizarro detruío o Império Inca em 1553 e ficou com o controle da coca. A produção aumentou à medida que os espanhóis começaram a cobrar impostos, e distribuíram-na gratuítamente por trabalhadores virtuais escravisados.


 Muito se podia escrever sobre os trezentos anos que passaram até Angelo Mariani introduzir a coca na Europa com o lançamento de Vin Mariani em 1860. Este tipo de estracto de folha de coca e o vinho Bordeaux receberam excelentes elogios por parte do Papa, da Raínha Victória, de Thomas Edison e de Julio Verne. Um pequeno copo de vinho daria cerca de um terço de cocaína de uma linha de dez grama de pó. Mas o Sr. Mariani era infléxivel quanto ao uso do estracto da folha, considerando como perigoso o uso do ingrediente activo refinado, a cocaína.

 A cocaína chegou ao mercado em 1884, quando a Merck produzio 1442 Kg dela. Dois anos mais tarde, produziram 71,848 Kg. Desde então, 1886, abasteceram um mercado novo ao incluir cocaína numa bebida leve chamada Coca-Cola. A cocaína introduzira-se na produção e o pó por si só, espalhou-se rápidamente pelo mercado. Em 1901, a preocupação pública sobre o abuso da cocaína fora o suficiente para a Coca-Cola desistir da sua utilização. Em 1914, os Estados Unidos proíbiram efectivamente a folha de coca e seus derivados com a entrada da Acção de Harrison sobre os Impostos aos Narcóticos. O único derivado da coca que persistiu e aumentou o mercado após a sua proibição foi a cocaína. Nos últimos anos temsido acompanhada pelo crack, sendo que o crescimento das duas aumenta estávelmente. Mas esta história não sobre crack.

 Saberia o Sr. Mariani algo que nós não? Os alcalóides e outras impurezas da folha e estracto de coca contam para incitar uma entrega total a uma sobredosagem? Será que alguém sabe? Mesmo sem o registo do abuso de Vin Mariani poderia dizer-se que a mairia dos que usam a cocaína abusam do álcool. Os Incas olharam-na como sagrada e introduziram-na nos seus ritos religiosos. Quando a coca foi proíbida por completo, ninguém se importava em passar umas folhas ou estractos, era tudo pó, agora feito por pessoas decididamente sem escrúpulos.

 Este pó de coca novo tinha decididamente novas qualidades. Era fácil de levar a excessos, e algo dentro da própria droga incita os utilizadores a dar-lhe mais. Sobredosagens fatais por inalar demais são possíveis de acontecer, mesmo assim, raramente. Ataques de coração e de apoplexia são mais comuns, sobretudo se misturada com outros estimulantes. É relativamente fácil apanhar uma “overdose” ao ponto de se ficar um tipo esquisito e alienado, e é normal ficar-se arrependido de ter tomado cocaína. Frequentemente surgem sensações de insegurança e de hostilidade para com os outros, um ou dois dias após o seu uso. Não é muito aconselhável para relações românticas.

 A cocaína marcou a sua presença desde as mais negras e tradicionais raízes do jazz até às classes mais endinheiradas. Hoje em dia tem pesados adeptos entre advogados, designers, pessoas da media, do espectáculo, tal como entre as celebridades do rock`n roll. Mantém-nos acordados, alertas e com a sensação de poder. Fá-los sentir que têm uma vida de sucesso e com significado. Sentem-se bem, alegres e viçosos. A sua outra grande droga de eleição é o álcool e a sua combinação torna as suas vidas aceitáveis. Sabem perfeitamente a ameaça que as drogas psicadélicas impõem ao seu confortável e fechado modo de olhar para o mundo, e evitam-nas criteriosamente.

 Não precisamos certamente do peso negativo que a cocaína carrega nas nossas festas. Estaremos a dar argumentos de fundo às histéricas campanhas anti-droga, de que as drogas leves inevitávelmente levam às perigosas pesadas? A cocaína é essa pesada, e vai mais longe que isso. Reparei que alguns dos meus amigos festivos mais puritanos acabam por ficar a beber e a fumar tabaco depois de estarem a chafurdar na branca. E claro, há aqueles que se metem no crack. Será a repentina abundância de cocaína parte de uma conspiração para enfraquecer e destruir a comunidade que construímos? Ou é só a nossa fraqueza?



 Merda, estou outra vez a ficar todo lamúrias. Então deixem-me dar o meu agradecimento a todas essas grandes obras de literatura, musicais e artísticas que apreciei ao longo dos anos, sempre sem saber nascerem de “vaipes” criativos alimentados a cocaína. Para alguns até funciona e não deixa espaço para derrapagens. Uma das minhas amigas diz que a ajuda na lida da casa e que a casa dela fica mais bonita. Para outros é um pacto com o diabo, dando poder ao início mas minando o espírito no fim.

 Talvez esteja a exagerar. Talvez a cocaína seja uma nova valiosa adição ao cenário festivo que nosimpulsionará com mais vigor e mais alto do que nunca. Talvez se déssemos cocaína suficiente a tudo e todos que mal geremeste mundo, talvez se começassem a amar mais, levando-nos inevitávelmente à paz mundial. Ou talvez não.

 O MDMA, as pastilhas,o ácido, a katamina e o “speed” podemcada uma delas cobrar o seu preço se tomadas em demasia. Podem prejudicar a saúde e a cabeça. Mas normalmente quando isto acontecefaz-se umapausa ou simplesmente pára-se de todo de tomá-las. Com a cocaína não é bem asssim, os que a usam habitualmente dizemsempre que sim amais um traço. Ainda, a cocaína é mais cara do que qualquer outra droga que conhecemos, e é o que não falta por aí.
 Tenham cuidado e respeitem a vossa liberdade.

 Por Greg Sams em Shangri-la-la nº.5 de 2003/04
tradução por Huckleberry Finn em Junho de 2008.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

You`re not alone!

domingo, 27 de abril de 2008

Mais um blog...

... "baseado" nas verdades...

e na mentira!