segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

3 vezes AMOR... ou, os meus 3 amores!...

... e todos de seguida. Isto é, o terceiro post seguido e nem sequer é lua cheia... é que passaram 7 meses e que raio de gaijo sou eu hoje diferente do que era há estes atrás... que raio de ex sou eu... mais sério que tudo... que raio de Pai sou eu?
Bom, para começar, tenho de medir as palavras, já que o que aqui confesso pode facilmente virar-se a mim, no entanto vou fazer por jamais fugir à verdade, quanto muito contornar e/ou omitir isto ou aquilo se assim necessário for.
Meses e meses passaram, de um afastamento repetido, de uma separação que me custa aceitar, acreditar, mesmo sabendo que é melhor para todos, que já vira e vivera isto antes, que esperava para depois, pois, mas que esperava.
E que acontece todas as manhãs ou noites, desde então, em que acordo de sobressalto?... Quem é que lá está? Tu, eles e eu... ininterruptamente, constantemente, tu, ele, ela e eu, NÓS e VOCÊS, não falham um dia que seja, é muito cansativo, e custa-me tanto voltar a adormecer a meio da noite convosco esparramados na minha vista meio adormecida em ideias baralhadas, em sonhos misturados com uma realidade que por vezes não sei se é ou o que deixa de ser.
Caio de novo inebriado pelo sono e confortado por pensamentos dos bons momentos.
Mas há sempre aqueles que não fogem por mais que os force, e esses incomodam-me... ao ponto de ter de passar horas a esfregar os olhos, a beber copinhos de leite morno, a contar inúmeros números e carneiros, a ver os filmes que deixei a metade... a fumar cigarros intragáveis para as horas que são. Não há meio de me habituar a morar afastado dos que mais amo, não há modo de me ambientar num espaço a que chamo casa, se não estão lá. Não "sei" (ou não quero) viver sem aquele reboliço... fica demasiado sossegado, demasiado limpo e arrumado.
Por vezes dou comigo a pensar se vou, não vou, só por sofrer por antecipação. É que custa tanto deixá-los ir, beijar de "Até manhã", tu vais para a tua e eu para minha, sobretudo quando a piquena Berry pergunta à mãe se o papá pode ir lá a casa e a mãe forçada a dizer que não, não pode ser, custa-me "in advance" imaginar dizer aquele adeus através do vidro do carro e ficar ali, literalmente seco, vazio e plantado no meio da rua a olhar as luzes do carro desaparecerem na última esquina.
Que me resta, vaguear, comer a desoras, desfazer a cama só para dizer que por ali passei, sem realmente dela plenamente usufruir... ou claro, procurar os amigo, no café, em casa de alguém, mas poucos são os que me conseguem fazer esquecer e rir os risos de amor à vida, é mais forte que eu.
Estranha forma de amar a nossa,... os nossos.

1 comentário:

Mae Frenética disse...

Este texto está extremamente belo... :)

Vi o teu comentario no meu velho blog. Gostei das palavras.

às vezes é muito dificil ser-se feliz. Aliás, provavelmente, nunca seremos totalmente felizes, mas teremos sim moemntos de felicidade. E a esses é q nos poderemos e deveremos agarrar.

Um abraço e se quiseres continuar a ler-me escreve-me para maefrenetica@yahoo.com

Fren