quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um galo sonha dormir num campo de luxo e depois acorda, puxa!

De um comentário que fiz a certo "poste":
"... eram cerca das quatro da manhã desta noite anterior quando acordei com o grito territorial do galo da vizinha (porque para quem não sabe e se questione, o galo começa a cantar a partir das 3 ou 4 da manhã até ao fim do dia, "simplesmente" para marcar o seu território e manter sob alçada a sua côrte), o galã dos quintais do "mui sui generis" e empertigado bairro de C.O. (e falo de uma localização bem central, nada de Patéo das badalhocas ou Vila Alves), onde ainda constam galinheiros ou capoeiras, como queiram, por estes poleiros. Bom, o que queria dizer é que por momentos irritou-me bastante mas logo de seguida apercebi-me que alêm de chato... é um luxo, é um luxo poder sonhar que durmo no campo, ou será um sonho de luxo que durmo no campo, ou antes, que no campo dos sonhos é um luxo dormir... ou dormir a sonhar com o luxo dos campos, ou sonhar dormir num campo de luxo, ou será ainda que o luxo de dormir é sonhar com o campo, ou... bof, onde é que eu ia?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Pai Natal tem tudo...

Litle Berry na casa de banho depois do seu xixi olha para o meu e:
Litle Berry: - Pai, tu tens piuinha ...
Huckleberry: - Sim filha, e tu tens pipi.
Litle Berry: - Não, não, eu tenho uma piuinha (com convicção)!
Huckleberry: - Não filha, não tens, tu tens um pipi.
Litle Berry: - Não, não, eu tenho uma piuinha, eu tenho piuinha (insiste).
Huckleberry: - Não, meu amor, só o Pai e o mano é que têm pilinha.
Litle Berry: - Eu quero uma piuinha, quando for grande quero uma piuinha... vou pedir uma piuinha ao Pai Natal...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

3 vezes AMOR... ou, os meus 3 amores!...

... e todos de seguida. Isto é, o terceiro post seguido e nem sequer é lua cheia... é que passaram 7 meses e que raio de gaijo sou eu hoje diferente do que era há estes atrás... que raio de ex sou eu... mais sério que tudo... que raio de Pai sou eu?
Bom, para começar, tenho de medir as palavras, já que o que aqui confesso pode facilmente virar-se a mim, no entanto vou fazer por jamais fugir à verdade, quanto muito contornar e/ou omitir isto ou aquilo se assim necessário for.
Meses e meses passaram, de um afastamento repetido, de uma separação que me custa aceitar, acreditar, mesmo sabendo que é melhor para todos, que já vira e vivera isto antes, que esperava para depois, pois, mas que esperava.
E que acontece todas as manhãs ou noites, desde então, em que acordo de sobressalto?... Quem é que lá está? Tu, eles e eu... ininterruptamente, constantemente, tu, ele, ela e eu, NÓS e VOCÊS, não falham um dia que seja, é muito cansativo, e custa-me tanto voltar a adormecer a meio da noite convosco esparramados na minha vista meio adormecida em ideias baralhadas, em sonhos misturados com uma realidade que por vezes não sei se é ou o que deixa de ser.
Caio de novo inebriado pelo sono e confortado por pensamentos dos bons momentos.
Mas há sempre aqueles que não fogem por mais que os force, e esses incomodam-me... ao ponto de ter de passar horas a esfregar os olhos, a beber copinhos de leite morno, a contar inúmeros números e carneiros, a ver os filmes que deixei a metade... a fumar cigarros intragáveis para as horas que são. Não há meio de me habituar a morar afastado dos que mais amo, não há modo de me ambientar num espaço a que chamo casa, se não estão lá. Não "sei" (ou não quero) viver sem aquele reboliço... fica demasiado sossegado, demasiado limpo e arrumado.
Por vezes dou comigo a pensar se vou, não vou, só por sofrer por antecipação. É que custa tanto deixá-los ir, beijar de "Até manhã", tu vais para a tua e eu para minha, sobretudo quando a piquena Berry pergunta à mãe se o papá pode ir lá a casa e a mãe forçada a dizer que não, não pode ser, custa-me "in advance" imaginar dizer aquele adeus através do vidro do carro e ficar ali, literalmente seco, vazio e plantado no meio da rua a olhar as luzes do carro desaparecerem na última esquina.
Que me resta, vaguear, comer a desoras, desfazer a cama só para dizer que por ali passei, sem realmente dela plenamente usufruir... ou claro, procurar os amigo, no café, em casa de alguém, mas poucos são os que me conseguem fazer esquecer e rir os risos de amor à vida, é mais forte que eu.
Estranha forma de amar a nossa,... os nossos.