sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Folhas ramadas.

Sou filho, ser de mãe, sou Pai, fui neto, mas marido nunca fui e Tio sou também de alguém.
Sejam velhos ou sejam novos, sejas quem fores mas alguém sejas, que traga o saco, pão e água, e o estandarte, para bem comer e beber ao desdém até nos enchermos de enfarte e sentem-se, na sombra do Sol, ao fresco do calor, encostados na cal das paredes cruas sem sentido, no beiral estreito do precipício que queda em tanta pedra.
Reflectem-se em charcos as imagens espelhadas das searas ceifadas em terras estreitas por marcos cravadas. Secam folhas ramadas em ramos de troncos antigos e fartos onde se soltam dos pesos de pousos asados dos voos que pairam alados.
Escorre em seiva, a resina da cola pálida em veios de círculos queimados, nas árvores por nós ardidas. É doce e é amarga essa vida... ora cor de face fosse... ora cor negra e parda essa amiga nos trouxe.

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